O mês de outubro é conhecido como Outubro Rosa, um movimento internacional pela mobilização e conscientização acerca do câncer de mama. Evento que surgiu nos Estados Unidos, no início da década de 1990, em decorrência da corrida organizada pela Fundação Susan G. Komen for the Cure.
O intuito, já a princípio, era o de chamar atenção para a causa e compartilhar informações sobre o câncer de mama. Nesta primeira corrida, a fundação já havia distribuído laços rosa a seus participantes. Em suma, a corrida marcou esse acontecimento, tornando-se, então, um evento anual.
Em decorrência, as ações referentes à conscientização quanto ao câncer de mama se intensificaram. Além disso, o outubro rosa visa também proporcionar maior acesso à saúde. O intuito é contribuir em todas as esferas possíveis para a redução da mortalidade por câncer de mama. Para, desse modo, inclusive, facilitar os serviços de diagnóstico e de tratamento.
Câncer de mama no Brasil
Durante esses 30 anos, em contraste com as altas na conscientização, o câncer de mama é o segundo tipo de câncer que mais acomete brasileiras. Ele totaliza cerca de 30% dos casos no geral. Sua taxa de mortalidade chega a 25%, sendo, assim, a segunda causa de morte de mulheres no Brasil.
Em 2019, segundo o Instituto Nacional de Câncer, foram estimados 59.700 novos casos no país. Ainda segundo o INCA, são estimados mais de 66 mil novos casos de câncer de mama neste ano de 2020.
Além disso, é de extrema importância relatar o impacto que as desigualdades impostas geram em nossa sociedade. Como, as desigualdades quanto à raça e classe social geram em relação à utilização dos serviços de saúde por mulheres negras e pobres. Por certo, há fortes diferenças sociodemográficas entre as mulheres brasileiras. Sendo que os lugares que elas ocupam nesta sociedade também estão marcados por uma diferença radical.
Com efeito, muitas mulheres negras e pobres não têm contato com médicos ginecologistas, por exemplo. Elas nem se quer o tem para fazer exames de rotina, o que acentua a taxa de mortalidade dessa população demográfica por câncer de mama.
Vale lembrar ainda que o câncer de mama também acomete homens. Porém, essa é uma ocorrência rara, com uma taxa de 1% do total de casos da doença.
Sinais e sintomas do câncer de mama
- Presença de caroço (nódulo) único e endurecido, fixo e indolor na mama;
- Vermelhidão, inchaço, assim como calor ou dor na pele da mama, mesmo sem a presença de nódulo;
- Alterações no mamilo e alterações no tamanho ou forma da mama;
- Secreção de líquido de um dos mamilos;
- Presença de um sulco na mama, como se fosse um afundamento de uma parte da mama;
- Endurecimento da pele da mama, semelhante a casca de laranja;
- Coceira frequente na mama ou no mamilo;
- Formação de crostas, bem como feridas na pele junto do mamilo;
- Inversão do mamilo;
- Pequenos nódulos no pescoço ou na região das axilas.
Causa do câncer de mama
Não há causa única para o desenvolvimento do câncer de mama. Mas, há a soma de vários fatores e agentes entrelaçados. Em suma, esses fatores são:
Fatores da história ambiental, reprodutiva e hormonal:
- Primeira menstruação antes de 12 anos;
- Não ter tido filhos;
- Primeira gravidez após os 30 anos;
- Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
- Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona);
- Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos.
Alguns dos fatores ambientais e comportamentais
- Obesidade, assim como o sobrepeso após a menopausa;
- Sedentarismo e inatividade física;
- Consumo de bebida alcoólica;
- Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).
Alguns fatores genéticos e hereditários
- História familiar positiva de câncer de ovário e de câncer de mama em homens;
- Casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos.
Nós da Faculdade Sensu buscamos compartilhar informação e conhecimento, assim como desejamos preservar a vida. Venha nos conhecer!