Existem muitos motivos pelos quais um estudante perde pontos na redação, os quais não são apenas erros gramaticais. A questão é que, mesmo incorrendo a poucos erros, o aluno já pode perder muitos pontos e, consequentemente, muitas oportunidades para seu futuro profissional.
Muitos estudantes temem cometer um erro bobo no vestibular e, logo, perder a tão almejada vaga. Por isso, neste artigo, vamos conferir os erros mais comuns a serem cometidos em uma redação e, claro, como evitá-los.
O medo pode ser importante, desde que se dê na forma de precaução e temperança, ao invés de paralisação e desespero. Assim, há a possibilidade do aluno se preparar para a prova. Contudo, estar confiante é igualmente importante.
A boa execução da redação passa pela crença em si mesmo, de que se é capaz de escrever bem, visto o longo tempo de força de trabalho investido nessa tarefa. Então, vamos conferir quais são esses erros de redação mais comumentes cometidos por estudantes, para que você possa se preparar e se manter mais confiante.
E, desde já deixamos uma dica, é imprescindível procurar e estudar por manuais de critérios de correção de redação da prova desejada. Esse percurso te auxiliará a entender como os corretores examinam seu texto.
Não utilizar rascunho
Em exames para vestibulares ou vagas de emprego, é fundamental utilizar o rascunho disponibilizado. Ele permite que você exponha todas as ideias, organize-as, estruture-as, fazendo o esquema da redação a ser escrita, de modo que você evite erros no modelo oficial.
Quem não utiliza o rascunho corre muito mais riscos de perder pontos.
Errar o gênero textual
Há provas que pedem uma redação dissertativa, outras descritivas, outras narrativas. Isso sem mencionar que há universidades e faculdades que dão a possibilidade para o estudante de criar ficções.
Por isso, é importante entender o que se pede. Um dos maiores erros de redação é entregar um gênero textual diferente do que foi pedido no enunciado.
Fugir do tema
Fugir do tema proposto é um dos erros mais comuns em provas e exames. Esse erro é considerado como gravíssimo. Desse modo, o aluno que tem esse problema na redação, pode ter sua nota zerada se ele fugir totalmente do assunto. Os corretores enxergam que, nesse caso, o estudante não sabe interpretar texto, podendo ser considerado, até mesmo, como um analfabeto funcional.
Para não passar por isso, leia e releia o enunciado quantas vezes for preciso. Procure entender exatamente o que se pede e trabalhe dentro da proposta.
Usar primeira pessoa do singular
Textos escritos na primeira pessoa costumam ter seu espaço em jornais, livros e até em atividades propostas pelo professor. O uso da primeira pessoa dependerá do gênero textual solicitado pela banca avaliadora.
Contudo, em vestibulares e outros exames, os textos devem ser impessoais, de modo que a argumentação não deva, jamais, utilizar termos como: “eu penso que”. A redação serve para avaliar a capacidade de argumentação do estudante, sem se pautar em achismos.
Vale lembrar que em narração e crônica, por exemplo, o uso da primeira pessoa está claramente permitido. Entretanto, deve-se utilizá-la com sabedoria.
Argumentação pobre
Um dos pontos analisados por quem corrige provas é a capacidade argumentativa do estudante. Portanto, a reflexão do tema proposto, assim como, a estruturação da mesma em bons argumentos é imprescindível. Essa parte deve ser feita em rascunho.
Para não perder muito tempo de prova e não correr o risco de colocar ideias soltas no rascunho. Estruture, no rascunho, como seu texto ficará na folha oficial. Quais os pontos a serem inseridos na introdução? E no corpo do texto, como será a sucessão de suas ideias? A conclusão amarra os tópicos centrais abordados no texto?
Lembre-se que é muito importante ser coerente e verdadeiro, demonstrando o que você pensa e o por quê. Não adianta argumentar bem, se as ideias e fatos apresentados forem extremamente equivocados.
Erros gramaticais
Erros gramaticais podem ser diversos, com variados níveis de gravidade. Um erro ortográfico é mais complicado que um erro sintático, por exemplo.
Contudo, o redator precisa se atentar para não cometer erro de nenhuma ordem. Em exames e provas de vestibular, os erros gramaticais podem custar muito caro.
Falta de coesão
A coesão é um dos fundamentos da escrita. Um texto coeso possui conexões entre ideias e frases. Essas conexões são recursos linguísticos que ligam as frases e orações, tornando o texto agradável e compreensível.
Entre os conectivos mais comuns estão as conjunções, advérbios e pronomes. Use-os para evitar que seu texto seja um conjunto de frases soltas, sem coesão.
Falta de coerência
Outro pilar da escrita é a coerência. Trata-se de informar e argumentar mantendo a lógica, ou seja, não se contradizer interna ou externamente.
Coerência interna é manter a estrutura argumentativa coerente e a externa, é dizer algo incoerente com a realidade do leitor. Busque ser lógico.
Falta de clareza e objetividade
Clareza é a capacidade de expor argumentos sem gerar erro de interpretação e ambiguidade. Um texto claro é facilmente compreendido.
A objetividade é uma característica parecida, mas diz respeito à capacidade do autor argumentar sem rodeios. É ir direto ao ponto. Esses dois fatores também são fundamentais para uma boa escrita.
Linguagem informal
No dia a dia, nos acostumamos a falar termos coloquiais, gírias e outros recursos informais. Eles precisam ser deixados de lado ao redigirmos uma redação. A menos que o uso seja importante para a construção do texto, como em exemplificação ou falas de personagens, não colaboram para a escrita.
A linguagem formal é essencial, uma vez que permite que qualquer pessoa alfabetizada entenda o que é dito. E lembre-se formalidade não significa rebuscamento. Utilizar-se de termos muito difíceis, pode, assim como a informalidade, comprometer o entendimento do seu texto e, consequentemente, sua nota.
Não concluir
Todo texto precisa ter início, meio e fim, que é caracterizado pela conclusão. Não adianta expor argumentos irrefutáveis ao longo do texto se você não os amarra, não os direciona.
A conclusão é a capacidade de retomar os principais pontos do texto, resumir brevemente o que foi exposto. É quando você demonstra, ao leitor, que concluiu o objetivo proposto.
Não revisar
A revisão faz parte do trabalho, por isso não pode ser negligenciada. Quando escrevemos, a mente trabalha para expor as ideias pretendidas, e não, necessariamente, para escrever de forma impecável.
Assim, qualquer pessoa pode errar, seja um estudioso ou um grande autor. Por isso, quase todo o texto precisa ser corrigido após sua finalização. Portanto, a revisão deve ser incluída no tempo necessário para a entrega da redação final.
Não escrever a caneta
Outro erro relacionado a vestibulares e exames, entregar a redação a lápis. Isso pode custar muitos pontos, pois a apresentação da redação é fundamental.
Escreva a redação final a caneta, e com cuidado para não borrar. Afinal de contas, essa redação é um documento e merece ser tratada como tal.
Errar o tamanho do texto
Dois erros muito comuns: um texto muito curto e um longo demais. Você tem ideias de menos ou não consegue sintetizar seus argumentos? É o que se passa na cabeça de examinadores ao se depararem com esse padrão.
No primeiro caso, além do texto trazer poucos argumentos, não possui profundidade. No segundo, ultrapassa as linhas estipuladas deixando a redação final sem amarrações e com má aparência. Isso também demonstra que o aluno não consegue calcular adequadamente o espaço no papel.
Letra ilegível
A letra legível é um critério básico para a escrita. Afinal, escrevemos para sermos entendidos. Se sua letra não é facilmente compreendida, você precisa treinar.
A letra ilegível pode custar sua vaga na faculdade ou no emprego almejado, por diversos motivos, podendo até passar a impressão que propositalmente não se quer deixar ler o que foi escrito. Vale a pena pesquisar formas de melhorar a letra para não correr esse risco.
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