Em um mundo em que as nossas expectativas e exigências crescem de forma constante em relação aos outros, torna-se cada vez mais comum que nos afundemos em preocupação. Como é o que está acontecendo em relação às crianças. Entretanto, temos modelos teórico-práticos, como a Educação Sistêmica, dos quais podemos nos utilizar para não entrar nessa.

Ao invés de sermos puxados por esse turbilhão de preocupações, podemos criar meios de manejar esse conflito que estabelecemos em prol do outro. Em vez de tornar-mo-nos escravos das crianças ou de culpá-las por tudo, podemos prepará-las para assumir, por exemplo, as responsabilidades de suas escolhas e, assim, incentivar que elas assumam um papel de protagonismo em suas vidas.

Para isso, é preciso buscar modelos e metodologias que acreditem e deem autonomia à criança, como é a Educação Sistêmica. Modelo que se desenvolve e ganha cada vez mais importância em diversos países.

A Educação Sistêmica não é um novo método educativo, apenas busca uma mudança de postura diante das realidades da educação e da sociedade, trabalhando, assim, de uma forma diferente o desenvolvimento de:

– Crianças;
– Pais;
– Professores;
– Escolas;
– Instituições de ensino.

Esse modelo psicopedagógico entende que a melhoria nas relações entre crianças, famílias, escolas e professores é fundamental para o crescimento de todos. A Educação Sistêmica busca, então, identificar as razões para problemas e dificuldades apresentados pelos mais novos nos seus círculos de relação social e familiar.

Assim, a resolução de quaisquer sintomas apresentados pelos pequenos será alcançada a partir da detecção, da compreensão e da remodulação das circunstâncias que culminam no problema. Ao invés de, por exemplo, focar em um método que envolva a força ou a imposição da vontade dos mais velhos sobre os mais novos, que só os levaria a mais sofrimento.

Dessa forma, leva-se em consideração o conceito de constelações familiares. Busca-se enxergar a criança como parte ou, mais propriamente, reflexo de um sistema.

Desse modo, dificuldades e problemas de comportamento, bem como timidez ou agressividade em excesso, são vistos como resultado de traumas, experiências e circunstâncias às quais as crianças estão expostas em casa, na rua ou no bairro, por exemplo. E são essas circunstâncias que devem ser trabalhadas.

Ordens do Amor e Educação

Circunstâncias que podem levar a apresentação de problemas cognitivos ou de comportamento pelas crianças são identificadas a partir da interpretação das Ordens do Amor, criadas pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, cujo estudo serve fortemente como base para a aplicação da educação sistêmica. Essas ordens são basicamente três:

1. Hierarquia;
2. Equilíbrio;
3. Pertencimento.

Sistêmica e Hierarquia

A hierarquia na Sistêmica trabalha com o fato de que alguns membros de uma família específica vieram antes de outros e precisam ser reconhecidos dessa forma. As relações entre si precisam estar bem estabelecidas antes que novas relações com novos membros seja criada.

Portanto, os pais existem antes dos filhos e o amor entre esses pais precisa estar bem estabelecido para que, então, surja o amor entre pais e filhos.

Sistêmica e Equilíbrio

Já a segunda ordem da Sistêmica trata do equilíbrio entre dar e receber. Ela fala sobre o desenvolvimento de um ciclo que leva as partes ao amor por meio da ação de dar e receber. Um primeiro membro da família dá algo que seja importante para um segundo membro, qual se sente grato e em dívida.

O segundo membro, então, vai devolver algo que seja de valor para o primeiro, que também se sentirá em dívida, criando um ciclo. Isso pode incluir tanto bens materiais quanto imateriais, afetivos.

Sistêmica e Pertencimento

E a terceira ordem da Sistêmica diz respeito ao pertencimento, defendendo que todos os membros de uma família precisam ser reconhecidos como parte dela, mesmo aqueles que morreram precocemente, como os natimortos ou os que apresentam doenças graves ou complicadas. Muitas vezes, estes são esquecidos, porque sua inclusão gera sofrimento ao demais.

A tentativa de apagamento desses membros faz com que os mais novos passem a apresentar problemas. Dar lugar a história e memória dos membros falecidos, pelo contrário, é uma fonte simbólica para o processamento do luto.

O entendimento dessas três ordens, além de outros fatores, faz com que os envolvidos com a Educação Sistêmica deixem de encarar as dificuldades e as características negativas dos mais novos como problemas únicos oriundos da criança.

Essa abordagem, assim, tem muito o que contribuir no desenvolvimento dos pequenos.

Vantagens de se especializar em Educação Sistêmica

A especialização e o trabalho com a Educação Sistêmica trazem duas grandes vantagens para aqueles que a praticam de forma consistente. A primeira delas está diretamente ligada com a vida profissional de cada pessoa que trabalha com essa metodologia. Enquanto a segunda, refere-se diretamente ao meio familiar de cada um afetado pela Educação Sistêmica.

Além disso, a especialização em Educação Sistêmica permite que o profissional possa mergulhar em um mercado em ascensão, que ganha cada vez mais importância e repercussão.

Tendência no mercado

Por ser um modelo pedagógico diferente, a despesa que a Educação Sistêmica gera para aqueles que desejam aderir ao modelo é o investimento nos estudos e na aplicação das técnicas aprendidas. As quais trazem bastantes benefícios.

Por isso, a tendência é de que cada vez mais escolas procurem por profissionais especializados na área. Além disso, paralelamente ao que já foi dito, os profissionais especializados têm a possibilidade de trabalhar com acompanhamento de casais e famílias que estejam enfrentando sérios problemas de comunicação ou relacionamento entre si.

Não é novidade todas as famílias apresentam problemas como os citados. Por isso, um profissional em Educação Sistêmica pode apresentar uma visão diferente e inovadora sobre os problemas apresentados, na área da educação.

Escola e empresas no geral

Também é importante destacar que tanto as empresas quanto outros locais de trabalho podem ser qualificados como sistemas de convivência que, por sua vez, podem gerar nos indivíduos problemas sociais, de relacionamento e até doenças. O trabalho com Educação Sistêmica é uma interessante forma de se evitar que isso aconteça.

Ao mesmo tempo, a Educação Sistêmica pode apresentar uma grande quantidade de benefícios para a via pessoal e familiar dos indivíduos especializados na área. Ao conhecer as técnicas e saber aplicá-las, um indivíduo entenderá se tem desejo de manter um relacionamento específico e como manter, melhorando o convívio familiar.

O conhecimento das técnicas também pode ser fundamental para evitar problemas com os filhos, além de, com elas, você poder ajudá-los a enfrentar dificuldades apresentadas na escola e a desenvolver um ciclo social saudável.

A Educação Sistêmica também pode ser fundamental na ajuda ao combate às drogas e a outros problemas que as crianças possam vir a enfrentar quando mais velhos.

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Categorias: Educação

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