Desde 2009, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passou a ter grande importância para os estudantes brasileiros. A prova tornou-se a principal porta de entrada para fazer uma graduação.

Assim, por meio do exame nacional é possível inscrever-se em programas do governo e conquistar a tão sonhada vaga em uma universidade ou faculdade.

Conseguir uma bolsa de estudos é um dos desejos de muitos jovens, sobretudo de quem possui renda mais baixa. Com a nota do Enem, isso é possível. E é isso que será mostrado no artigo de hoje.

Anualmente, o Enem conta com mais de cinco milhões de participantes. Cada um possui um desejo.

Alguns querem entrar em uma universidade federal, outros em faculdade particular. Há ainda quem o faça porque a instituição que deseja estudar se utilize somente da nota do exame nacional como vestibular. Enfim, a relevância do Enem é indiscutível no cenário da educação brasileira.

O exame Nacional e a pandemia

Neste ano de 2020, o Enem teve suas datas adiadas, após grande pressão social vindas de especialistas em educação, da imprensa, de parlamentares e, claro, de estudantes. O fato é que a pandemia escancarou situações de maior vulnerabilidade social: sem as aulas presenciais, grande parcela dos estudantes está em casa, sem internet e sem acesso a videoaulas. Desse modo, a equidade tão proposta deve ser medida mais que urgente e necessária.

O exame nacional foi adiado para o início do ano que vem. A confirmação das datas contraria o resultado da enquete promovida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), referente ao mês que os alunos gostariam de fazer a prova. A aplicação do exame impresso se dará em meados de janeiro, no dia 17 e 24. Em seguida e pela primeira vez, será aplicada a versão digital do exame nacional, que se dará nos dias 31 de janeiro e sete de fevereiro de 2021.

Pensando em todas essas problematizações, que assolam nosso país, fizemos esse texto sobre as bolsas ofertadas pelo Exame Nacional, como uma forma de tentar democratizar o Ensino Superior no Brasil. O Ministério da Educação instituiu, ao longo dos anos, diversos programas relacionados ao Enem como uma das formas de tentar atribuir equidade de direitos a todos os estudantes, em universidades públicas ou privadas.

Logo, um dos programas a fornecer a possibilidade da conquista de uma bolsa de estudos é o Programa Universidade para Todos (Prouni).

Prouni – Primeiros Passos


Em 2020, o Prouni oferta 249 mil bolsas, espalhadas por diversas instituições privadas do país, em múltiplos cursos. Em suma, ele possibilita que estudantes de baixa renda consigam bolsa de estudos com a nota do Enem. As bolsas podem ser integrais (100%) ou parciais (50%), a depender de critérios estabelecidos pelo Ministério da Educação.

O primeiro passo para se inscrever no Prouni é, evidentemente, realizando a prova do Enem. Nela, o candidato não pode tirar nota abaixo de 450 nas provas objetivas e não pode zerar a redação. Por isso, é importante se preparar muito bem para o exame nacional, estudando ao longo do ano todo.

Depois de preencher esse requisito, é preciso observar alguns outros. Primeiramente, só podem concorrer às bolsas do Prouni quem fez o Ensino Médio em escola pública ou como bolsista em escola particular.

Do mesmo modo, a renda familiar também é importante para possibilitar ao estudante candidatar-se à bolsa de estudos. Mas, para conseguir a bolsa integral, a renda bruta da família deve ser de até 1 salário mínimo e meio por pessoa.

Para bolsa parcial, o limite é de até 3 salários mínimos por pessoa ao mês. Estudantes com deficiência também podem se inscrever, respeitando os mesmos requisitos.

Para calcular a renda de sua família, some a renda bruta de cada componente que reside sob o mesmo teto. Divida pelo número de pessoas e você terá a média per capita.

Além disso, professores da rede pública de ensino e funcionários de instituições públicas também têm direito à bolsa de estudos. Já esses não precisam comprovar renda.

Inscrições Prouni


As inscrições no Prouni podem ser feitas duas vezes por ano, por meio do site do programa. O aluno deve escolher, por ordem de preferência, dois cursos e até duas opções de instituição de ensino.

Os requisitos da bolsa são informados pelas faculdades. Elas informam se a bolsa é para o primeiro ou segundo semestre do ano, além do turno de estudo, que pode ser de manhã, tarde ou noite.

No site, o candidato à bolsa de estudos também pode conferir a nota de corte. Ela é uma estimativa, uma simulação fornecida pelas instituições, com a nota média para conseguir a bolsa, conforme a nota do Enem de cada aluno que se candidatou.

Com isso, o estudante pode ver se sua nota está aquém do esperado e pode mudar o curso ou a instituição. Isso depende da quantidade de vagas também.

Todo o cronograma das inscrições é informado no site do programa e e-mail do candidato.

É preciso ficar atento aos prazos, pois são curtos e em caso de sucesso, a documentação precisa ser apresentada diretamente na secretaria da instituição, em que será analisada. Se aprovado, o candidato pode assinar os termos da matrícula na hora.

O Prouni é a principal forma de conseguir uma bolsa de estudos com a nota do Enem, atualmente. Além disso, algumas faculdades fornecem bolsas por meio de vestibular social ou nota do Enem, o que também pode ser uma alternativa.

Para quem for concorrer a uma bolsa de estudos por meio do Prouni, é de suma importância conferir todos os passos e prazos no site do programa. Com as informações oferecidas ali, é possível se planejar e se organizar.

Sisu – Sistema de Seleção Unificada


Além do Prouni, pelo Enem os estudantes podem se candidatar em outros programas do Ministério da Educação. O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é um deles.  

O Sisu não fornece bolsas, mas, sim, vagas em universidades públicas. Nele, tanto os estudantes do Ensino Médio particular quanto do Ensino Médio público podem se inscrever.

Fies – Fundo de Financiamento Estudantil

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é a alternativa para quem não conquistar a tão sonhada bolsa de estudos. Ele é um financiamento com condições melhores de pagamento, com juros e prazos diferenciados.No Fies, o aluno começa a pagar somente após a conclusão do curso.

Em alguns casos, conforme a renda familiar do candidato, há a possibilidade de juros zero. Para participar, a renda familiar mensal deve ser de até três salários-mínimos por pessoa.

Além disso, para se inscrever no Fies, o candidato deve ter feito alguma das edições do Enem, ter média de 450 pontos. Contudo, sem poder zerar a prova de redação. No momento da inscrição, os candidatos devem escolher até três opções de curso/turno/local de oferta do financiamento.

Enem em Universidades no exterior

A nota do Enem pode ser usada inclusive no exterior. Mais precisamente em Portugal. Quase 50 instituições de ensino portuguesas aceitam a nota do Enem como forma de ingresso.

Apesar disso, existe ainda o custeio de mensalidade e demais encargos por parte do estudante. Em Portugal, mesmo as universidades públicas cobram mensalidade. A nota do Enem serve como porta de entrada, mas não fornece financiamento ou bolsa de estudos.

Enem em faculdades privadas

Afora os programas do Governo, a nota do Enem é usada para facilitar a entrada em faculdades privadas. Assim, ao invés de cobrar o vestibular, muitas instituições optam por aceitar a nota do Exame Nacional, para facilitar a gestão e oportunidade para todos.

Independente do programa que o estudante queira participar, todo o processo é iniciado pelo Enem.

Para se dar bem no Enem

Mais do que uma boa nota, é importante ter todos os documentos em mãos. A comprovação dos requisitos financeiros e estudantis é o que vai definir, ao fim, se o estudante vai conseguir uma bolsa de estudos ou não.

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