Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE, aponta alta nos gastos com carnes, alimentos industrializados e piora nutricional com alimentos naturais.
O Dia Mundial das Leguminosas, celebrado no dia 10 de fevereiro, foi criado pela Organização das Nações Unidas, em 2018, para reafirmar a contribuição das leguminosas na alimentação saudável.
Os legumes, grãos que nascem em vagens ricas em tecido fibroso, são fundamentais para uma dieta equilibrada e manutenção da saúde já que conta com nutrientes, como proteínas, fibras, vitaminas e minerais.
Benefícios
Os mais conhecidos do grupo de leguminosas são o feijão, a ervilha, o grão-de-bico, a lentilha e a soja. O feijão, que é muito comum na alimentação brasileira, é um dos alimentos mais consumidos no país. O feijão é rico em ferro e ajuda na perda de peso, na redução do colesterol, na melhoria da saúde do coração e na prevenção do diabetes.
A ervilha, por sua vez, é rica em fibras, antioxidantes e vitaminas A, C, E e K, e ajuda a retardar o envelhecimento celular, a cicatrizar a pele, fortalecer unhas, cabelo e sistema imunológico, e melhorar a saúde dos olhos e reduzir o estresse.
Já o grão-de-bico é rico em triptofano e ajuda a equilibrar a saúde emocional e psicológica, prevenindo a depressão. Além disso, ele previne a osteoporose, mantém os ossos saudáveis, melhora a saúde dos dentes, regula o açúcar no sangue, combate a prisão de ventre e aumenta os movimentos intestinais. A lentilha é importante para as mulheres, pois ajuda a equilibrar os níveis hormonais, previne a anemia, aumenta a saciedade e ajuda na perda de peso.
Aumento de peso da população
Mesmo com todos os benefícios incluindo a ajuda na perda de peso o consumo ainda é baixo, o que trás consequências como a obesidade, que é um dos problemas de saúde pública no Brasil e no Mundo. Com números alarmantes, a Organização Mundial de Saúde estima que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, isto é, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30.
Conforme o estudo do Ministério da Saúde, dos indivíduos atendidos na Atenção Primária à Saúde (APS) no ano de 2019, Mato Grosso do Sul apresentou índice de 69,3% da população com excesso de peso, sendo que 36,6% já estão com obesidade. O Brasil está entre os países com maiores índices de obesidade no mundo. Segundo a federação, estamos entre os 11 países onde vivem a metade das mulheres com obesidade e entre os nove que abrigam metade dos homens com obesidade.
Projeção da Federação Mundial de Obesidade prevê que um bilhão de pessoas em todo o mundo viverão com obesidade em 2030. A obesidade deve atingir quase 30% da população adulta do Brasil em 2030.
Isso se deve ao crescimento no consumo de bebidas adoçadas e alimentos ultraprocessados, e aos baixos indicadores no consumo de leguminosas, frutas, verduras ou legumes.
O levantamento também prevê que um bilhão de pessoas em todo o mundo viverão com obesidade em 2030 (17,5% de toda a população adulta). Segundo o atlas, uma a cada cinco mulheres e um a cada sete homens estarão obesos daqui a oito anos.
A federação alerta que os países não apenas não alcançarão a meta da OMS para 2025 de interromper o aumento da obesidade nos níveis de 2010, mas que “o número de pessoas com obesidade está prestes a dobrar em todo o mundo”.
Trocas alimentares
Os alimentos ‘in natura’ e minimamente processados perderam espaço na mesa do brasileiro, nos últimos quinze anos. O destaque ficou com os cereais, leguminosas e oleaginosas, que agora ocupam metade do espaço no orçamento doméstico, em comparação ao início dos anos 2000.
Os dados da última edição da POF, referente a 2017/18, mostram que a população destinou apenas 5% da despesa média mensal para o grupo deste tipo de alimento. Na edição de 2002/03 da mesma pesquisa, o índice era de 10,4%. As regiões Nordeste (6,7%) e Norte (5,7%) marcaram os melhores resultados no levantamento de 2017/18, enquanto o Centro-Oeste (5,1%), o Sudeste (4,5%) e o Sul (3,7%) ocuparam as últimas posições.
Por outro lado, os recursos destinados ao consumo de carnes, vísceras e pescados, registraram crescimento, saltando de 18,3% em 2002/03 para 20,2% em 2017/18. Os Alimentos Preparados, por sua vez, também acompanharam o movimento das carnes e passaram de 2,3% para 3,4% do orçamento doméstico, no mesmo período.
Esses dados são alarmantes e a troca de alimentos saudáveis, que fazem bem à saúde por alimentos industrializados, mostram como é necessário atitudes rápidas para mudar essa realidade.
A insegurança alimentar de família carentes fazem com índices de obesidade como os mostrados acima, são resultados do alto favor de comida como leguminosas e baixo falar de alimentos industrializados como o miojo, alimento barato e de rápido preparo mas que não contém nem um beneficio para o corpo, pelo contrário daria uma lista de malefícios ao corpo.
Por isso é muito importante ficarmos atentos ao que está na nossa mesa, para mantermos um corpo saudável e longe de doenças.
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