A advocacia continua sendo uma profissão extremamente versátil, atrativa e com grandes oportunidades aos advogados. Entretanto, para superar a concorrência – que não é pouca – e se firmar no mercado, algumas habilidades são fundamentais.
Neste texto vamos falar um pouco mais sobre quais as habilidades que um advogado deve ter. Acompanhe conosco.
As habilidades de um bom advogado
Oratória
Sem dúvida alguma, um dos principais dotes de um bom advogado é a sua oratória, ou seja, a capacidade de falar diante de um público. Ser advogado significa utilizar a lei para defender os direitos dos cidadãos. Para fazê-lo, seja diante do júri ou de um juiz, saber usar bem a voz é fundamental.
É por meio da oratória que o advogado fará boas defesas orais, baseadas em peças bem escritas e em uma argumentação legal bem construída. Embora a Justiça seja baseada na lei, um advogado que faça seu trabalho com boa oratória tem muito mais chances de ser bem-sucedido do que um profissional que não se manifeste tão bem oralmente, porque seu trabalho envolve a persuasão da audiência.
A retórica também é um dote fundamental, que se relaciona com a oratória. Nota: oratória e retórica são coisas diferentes. A primeira diz respeito à manifestação oral. A segunda tem mais a ver com a capacidade de construir linhas de raciocínio lógicas, coerentes, coesas e convincentes. A combinação destas duas habilidades deixa um advogado muito mais capacitado.
Capacidade de redação textual
A audiência, embora seja muito importante, representa a minoria do trabalho de um advogado. A maior parte da atividade da advocacia é feita nos bastidores, no escritório. O advogado e sua equipe conversam com o cliente, fazem um diagnóstico do caso, consultam a legislação e montam uma petição, defesa ou outra peça legal que será apresentada no tribunal.
Nem sempre os advogados têm um prazo extenso para redigir suas peças. Por isso, desenvolver habilidade de se manifestar por meio da escrita é uma característica fundamental do advogado de sucesso. Ainda que o advogado deixe boa parte das petições para serem redigidas por estagiários ou advogados associados, ele precisa ter boa gestão de todo o processo.
A habilidade da escrita como um hábito não nasce com uma pessoa. Para obtê-la, é necessário treino, conhecimento e vasto acervo cultural. Por isso, o bom advogado está sempre lendo. E, além disso, precisa realizar sua formação em uma instituição de ensino que o ofereça o conhecimento necessário para que ele empregue o vocabulário mais eficiente em suas petições.
Aqui, eficiência não tem a ver com ser prolixo. Por décadas, advogados se manifestavam por meio do “juridiquês”, uma linguagem técnica cheia de jargões praticamente incompreensíveis a leigos. Contudo, a tendência é que o advogado se manifeste, de maneira escrita, com uma linguagem clara, precisa, acessível, mas se mantendo dentro da norma culta da língua.
Visão ampla e estratégica
Um advogado não é um simples burocrata ou um “apertador de botões”. O bom advogado também detém uma alta capacidade de autogestão, além de uma visão analítica e estratégica sobre os casos em que trabalha e a situação de seus clientes.
A atividade do advogado não se resume apenas em vencer ou perder causas. Ele precisa, por exemplo, lidar com outras instâncias a fim de conseguir habeas corpus, obter liminares, reduzir as penas de seu cliente, tentar expandir a permanência de um adversário atrás das grades, obter prorrogação de prazos e reverter decisões judiciais em outras instâncias.
Enfim, cada caso é um caso. O advogado precisa ter o planejamento e a visão necessária para entender as peculiaridades e características de cada situação. Muito desta visão vem com a experiência. Mas, desde cedo, a capacidade de autogestão permite ao advogado enxergar as melhores oportunidades e proporcionar as decisões mais favoráveis a seus clientes.
Capacidade de atentar-se a detalhes
Leis são códigos escritos. Isso faz das leis dispositivos potencialmente imprecisos ou incompletos. Para o advogado, estas imperfeições da lei podem proporcionar brechas jurídicas que, muitas vezes, são o diferencial para se ganhar ou perder uma causa.
Não há problema algum em se aproveitar de brechas legais. Afinal, elas fazem parte do código jurídico e o advogado apenas as utiliza. Porém, para fazê-lo com habilidade, é preciso ser muito atento a detalhes. O advogado detalhista, que conhece a lei minuciosamente, consegue empregar brechas legais a seu favor com muito mais frequência.
Claro que, para empregar brechas da lei, um advogado precisa conhecer com profundidade a legislação. Para isso, além de boa memória e contar sempre com documentos legais atualizados, o jurista precisa de uma formação acadêmica de qualidade e expertise profissional. Sem isso, apenas um Vade Mecum novo nas mãos não ajudará. Só para constar – até mesmo o conhecimento da língua portuguesa pode fazer com que um advogado reconheça uma brecha na lei.
Capacidade de articulação pessoal
O network é um ativo imprescindível para todas as profissões e a advocacia não é uma exceção. O trabalho de um advogado não consiste apenas das conversas em escritório, das petições no sistema eletrônico da Justiça ou das defesas orais nas audiências.
O bom advogado constrói ao longo da carreira um bom relacionamento com outros juristas e demais membros da sociedade civil. Ele não deve bajular, mas deve manter-se em contato amigável com juízes, desembargadores, promotores e outros advogados. Ser conhecido reforça uma boa reputação que pode ser bastante útil dentro dos tribunais.
Isto porque, embora o trabalho litigioso seja baseado estritamente na lei, um advogado bem articulado em seu meio saberá exatamente de que maneira se manifestar diante de cada agente, seja um juiz, um promotor de justiça, um jurado, um cliente, outro colega advogado ou o cliente de um adversário.
Além disso, construir e manter um bom relacionamento com outros agentes da sociedade civil – médicos, empresários, políticos, acadêmicos, professores e outros – mantém o advogado sempre antenado às tendências sociais que podem interferir em seu trabalho. Além de, é claro, proporcionar a ele a oportunidade de defender clientes com alto potencial de retorno financeiro.
Algumas das habilidades que mencionamos aqui são úteis para a atividade do advogado em defender clientes. Outras delas são mais utilizadas para que um advogado construa uma sólida e lucrativa carreira. Independentemente disso, muitas destas habilidades não nascem com o profissional. E isso não é problema, visto que ele pode desenvolvê-las, com afinco, em seus estudos.
Para que isso seja possível, é imprescindível que o aluno estude em uma instituição de ensino superior de qualidade. Por isso, se você deseja obter essas habilidades e competências, venha conhecer hoje mesmo os nossos cursos.