Hoje é Dia Internacional da Alfabetização. Para promover a alfabetização como um direito humano básico, a data foi criada pela Unesco, em 1967
A Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), criou, em 8 de setembro de 1967, o Dia Mundial da Alfabetização. A data ressalta a alfabetização como um direito humano básico, fundamentado pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).
A criação do Dia Internacional da Alfabetização visa também apontar a alfabetização como pilar de todo o processo educativo, ressaltando, desse modo, a sua importância para o desenvolvimento econômico-sócio-político mundial. Para que, assim, possa-se promover debates sobre a importância do tema.
A grande questão é que muitos países ainda possuem grande taxa de analfabetismo, assim como possuem ensino básico de baixíssima qualidade, como é o caso do Brasil. Conforme dados de Pesquisa por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em junho de 2019, o Brasil tem 11,3 milhões de analfabetos.
Alfabetização e fatos sociais
As desigualdades sociais acentuadas diminuem a taxa de aderência de populações de classes mais baixas à escolarização, assim como aumentam a evasão escolar. O que, por sua vez, só intensifica e fortalece as desigualdades sociais já presentes. Com a alfabetização adequada, maiores são as chances no mercado de trabalho, melhores são os ganhos salariais e, consequentemente, melhor é a qualidade de vida. Mas, sem qualidade de vida no início de todo esse processo, não há chance de uma adequada alfabetização, quem dirá no mercado de trabalho. A conta não fecha.
Ainda conforme dados do IBGE, há no Brasil uma taxa de 6,8% de pessoas acima dos 15 anos que não sabem ler ou escrever. Com toda essa problemática, somam-se, ainda, os pré-conceitos, as disparidades de gênero, crimes como racismo e diversos outros fatores a se entrelaçarem nessa malha fina. E é com esse intuito que a ONU propõe o Dia Internacional da Alfabetização, com o objetivo de se levantar discussões e de se encontrar meios a garantir o direito que é básico e fundamental de todo e qualquer cidadão.
O que é a alfabetização?
A alfabetização diz respeito do ensino-aprendizado de uma tecnologia que representa a linguagem por meio de escrita alfabético-ortográfica, ou seja, diz da capacidade de os sujeitos envolvidos serem capazes de ensinar, aprender e dominar o alfabeto e de se comunicar pela escrita desse código. Desse modo, alfabetizar é ensinar a ler e a escrever.
Esse processo envolve todo um arcabouço do que é a linguagem e de procedimentos de representação, assim como considera aspectos do desenvolvimento do sujeito aprendiz e suas capacidades motoras e cognitivas para tal fim. É muito comum que, na educação infantil, as práticas de alfabetização mais utilizadas sejam a memorização de vogais, de consoantes, a junção de sílabas simples, a mecanização, a codificação, as cópias e etc.
O que é o letramento?
Letramento é um conceito relativamente novo, ainda mais se comparado ao conceito de alfabetização. Letramento é o processo que estimula e conduz o aprendiz a ser capaz de compreender a leitura e escrita de uma ou várias línguas. No Brasil, os conceitos de alfabetização e de letramento se confundem. Como se o segundo estivesse, necessariamente, enraizado na alfabetização. A qual, inclusive, pode-se dar de modo puramente mecânico.
O Letramento diz respeito da leitura de aspectos sócio-históricos, de práticas biopsicossociais que compõem o indivíduo. Diz da leitura de práticas e fatos sociais. Visto que estes também apresentam um sistema simbólico de representação.
Analfabetismo X Analfabetismo funcional
O analfabeto é qualquer pessoa que não tenha conhecimento do alfabeto, ou seja, uma pessoa que não saiba ler e escrever. Desse modo, o analfabetismo é sua condição. Já o analfabeto funcional é a pessoa que sabe ler e escrever, mas que, entretanto, não é capaz de entender o texto lido. O analfabetismo funcional marca o uso da linguagem na sua forma mais prática, como no entendimento de tarefas cotidianas.
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